Essa lenda é apenas uma historia que contam aqui onde moro, interior de SP, mas não deixa de assustar as pessoas. Eu mesmo já presenciei algo parecido com meus amigos. Certa noite, noite de ano novo, eu e meus amigos estávamos indo para a cidade comemorar, até que chegamos no meio do caminho, era o ponto mais isolado ali, não se via nem ouvia nada de nenhum dos lados, exceto uns morros ao longe e um matagal, mas isso bem longe, a única coisa que se via em uns 100 metros de distancia era pasto, pastos e mais pastos. Então, estava lá, eu e meus amigos andando, confesso, estava com medo, desde criança tive medo daquele lugar, era bem estranho, não avia nada, apenas uma única e solitária arvore a beira da estrada. Era ano novo, mais não escutávamos um único barulho de fogo de artifício, uma única luz ao longe, estávamos sozinhos, nos e a arvore. Quando passei pela arvore senti arrepios, quando a arvore foi deixada para traz, arrumei coragem para falar: - ei mais deixando isso de lado, quando vocês passaram pela arvore, sentiram algo estranho? Ninguém falou nada, parecia que alguém tinha desligado o som. -eu meio que senti um arrepio. Foi essa a frase usada por todos "senti um arrepio". Aconteceu com todos. Combinamos de não contar a ninguém, não queríamos que a noite acabasse mau. Então, ás 3 da manhã combinou de ir embora, tentamos arranjar carona, mas todos que chegavam perto pareciam não gostar da nossa presença, tivemos que ir embora a pé. Assim que chegamos à estrada que dava acesso a nossas casas, vimos alguém, um vulto preto chegou para nos e disse: - Passem o que tiver, rápido se não quiserem virar presunto. Confesso, a figura do rapaz era bem bisará, tinha um óculos do tamanho de sua testa, era careca, exceto por uns tufinhos do lado, era magro e vestia um casaco tão grande que quase o derrubava, ou talvez fosse efeito da bebida, tinha uma pistola no bolso, se não fosse isso, poderíamos dar conta dele, mais então, tivemos que dar o dinheiro que tínhamos, o pouco que se tinha sobrado da festa. Contende com o dinheiro recebido, dava uns 30 reais, o ladrãozinho sai pulando pela estrada. Recomeçamos o percurso mais rápido, com mais medo do que na ida. -vamos correr? Acho que correndo não levamos mais de 10 minutos. Todos concordaram, já não se preocupavam em esconder o medo. Começamos a correr em linha até que chegamos à área da arvore, tudo tinha ficado quieto novamente, mas por incrível que pareça estava mais claro e pudemos ver um vulto em nossas frentes, era o ladrão - Vamos mais rápido, podemos desarmá-lo e recuperar nosso dinheiro. Contudo não avia onde nos esconder, ai que aconteceu a coisa mais improvável daquela noite. o ladrão parou para mijar, e adivinha onde? Na arvore. Quando vimos a cena, congelamos -corremos? -e o dinheiro? -quero que se f*** o dinheiro, não volto mais aqui, eu vou correr todos fizeram o mesmo. Quando passamos pelo bandido ele disse um débil "EI!". Corri o mais rápido que pude, mais ainda longe e com o barulho dos passos apresados pude ouvir o estrondo que algo caindo do chão, olhei para trás e não vi nada, exceto a arvore. -e o ladrão? Cadê ele? CADE ELE? ELE SUMIO! VOCES ESCUTARAM?! Comecei a me desesperar, o quanto mais corríamos parecia que a arvore estava mais próxima. Chegou a ora que começamos a diminuir a velocidades, cansados, naquele momento,, a arvore estava a uns 5 metros de distancia, não agüentei e gritei: -AAAAAAAH! NÃO! POR FAVOR! Uma maçã caio da arvore e no lugar q ela caio estavam nossos pertences. Pegamos eles e começamos a andar, não nos atrevendo a mover mais algum músculo. Quando estávamos mais longe, em atrevi a olhar pra traz, e vi o sol, o sol das 5 da manhã que batia nas folas da arvore que a distancia parecia pobre e frágil, porem mais bonita do que nunca. no dia seguinte, saio no jornalzinho da cidade: "homicídio ou suicídio?".Parei para ler: "um corpo de um homem, barbaramente mutilado, foi encontrado em uma forca, numa arvore na estrada que liga Lagoinha (minha vila) a cidade. -não pode ser suicídio - afirma o policial responsável pelo crime - ele não poderia se auto mutilar quando estava na forca, e não tira condições de subir nela, mutilado de modo que está. não á duvidas que foi um homicídio, ainda mais a marca na arvore deixa tudo isso claro." a foto da arvore estava lá, onde se podia ler, claramente em uma caligrafia cavernosa "o coração move o homem, então cuidado com seus passos." hoje em dia, todas as vezes que passo por lá, tenho o cuidado de reparar na arvore, e sorrir, e ter a impressão que ela sorrio de volta para mim.
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